assaltos madrid roubos ladroes turistas

Não sou amiga do alheio e não gosto de quem o é, portanto não pensem que este artigo é auto-biográfico 😛

Depois de ter passado por algumas experiências deste tipo, lembrei-me de escrever sobre os roubos em Madrid, e quais as técnicas mais utilizadas pelos ladrões aqui da urbe! Não quero que pensem que Madrid é uma cidade insegura e com assaltos por todo o lado, antes pelo contrário! Mas todos nós sabemos que onde há muita gente, e principalmente muitos turistas, haverá sempre ladrões. E mais vale prevenir do que remediar!

Deixo-vos com uma pequena lista dos casos mais frequentes por estes lados:

1 – A folha de papel em frente dos olhos

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Ladrão a distrais pessoas num restaurante, para lhes poder roubar o telemóvel

Estamos numa terraza a tomar uma caña e pousamos o telemóvel em cima da mesa enquanto relaxamos ou falamos com as outras pessoas que estão connosco… De repente, aparecem 2 crianças/adultos com uma folha de papel a pedir esmola para [inserir qualquer motivo “válido” aqui] e começam a agitá-la em frente aos nossos olhos. Depois de muitos “No, no gracias, no tengo monedas” eles vão-se embora sem dizer nada e não pedem esmola a mais ninguém da esplanada. O nosso telemóvel desapareceu.

O que aconteceu? Enquanto um deles agitava o papel em frente da nossa cara e falavam connosco para nos distrair, o outro roubava o telemóvel estrategicamente escondido pela folha.
– Eu vi isto acontecer no 100 Montaditos do meu bairro, a uma Segunda-feira à noite com o local cheio de gente… Ninguém se deu conta no momento, mas a pessoa a quem foi roubado o telemóvel foi atrás dos ladrões e, felizmente, conseguiu recuperá-lo.

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Escondendo uma carteira com postais “para venda”

Outra versão: utilizar postais da cidade!

2 – Ladrão disfarçado de turista

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Mulheres disfarçadas de turista à espera perto da Torre Eiffel (Autor: daryl_mitchell / Flickr Creative Commons)

Vamos a andar pela rua super descansados, a tirar fotos e ver os monumentos, com a bolsa/mochila nas costas. Um dia lindo e maravilhoso, até que nos damos conta de que temos a bolsa aberta e nos roubaram a carteira e/ou o telemóvel… Olhamos em volta e tudo parece normal, não há ninguém suspeito à vista, só turistas como nós…

O que aconteceu? Muita coisa pode ter acontecido, de muitas formas diferentes, mas uma das que está mais na moda neste momento são os ladrões disfarçados de turistas! Com mochilas, óculos de sol e mapa na mão, lá vão eles pelas ruas! Utilizam o mapa para esconder a nossa bolsa dos olhares indiscretos, enquanto que com a outra mão a abrem e roubam. Normalmente vão em grupos de 3 ou 4 pessoas, como se fossem um grupo de amigos/as de férias.
– Já passei por esta situação num domingo à tarde em frente ao Museu Reina Sofia. A sorte foi que me lembrei de olhar para a bolsa e encontrei uma pessoa com a mão dentro dela! Não roubou nada, mas também não teve problemas que eu a tivesse apanhado “com a boca na botija”. Como era Domingo, não havia polícia na zona, facto que eles aproveitam muito bem!

 

3 – Roubos no metro, principalmente aos Sábados e Domingos de manhã

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Escadas do metro em hora de ponta, um dos sítios favoritos dos ladrões! (Autor: frankieleon / Flickr Creative Commons)

Este ponto não tem muita ciência. Todos os metros têm ladrões dentro e, apesar de que este problema em Madrid tem sido combatido, ainda existem os típicos ladrões nas horas de maior afluência. Um dos horários favoritos dos ladrões é o da abertura do metro, principalmente durante o fim-de-semana.
Porquê? Porque quando o metro abre (06h00) muitas pessoas aproveitam para voltar para casa depois de mais uma noite de festa! E o que acontece? Muitas vezes estão tão bêbados que acabam por adormecer sentados no metro!
A técnica do ladrão é sentar-se ao lado da pessoa e dar ligeiros toques para ver se ela acorda… Se depois de alguns toques (com alguma força) a pessoa não responder, o ladrão aproveita para roubar tudo o que puder.
– Nunca presenciei nenhuma cena destas, mas já tive amigos roubados desta forma.

E claro está, adoram as horas de ponta!

Os perfis dos ladrões no metro são tantos que até têm nomes próprios:

  • Ratas de metro – grupos compostos normalmente por mulheres que aproveitam a entrada e saída de passageiros e o final das escadas rolantes para efectuar os roubos. Uma põe-se à frente da vítima e impede-a de passar, enquanto a outra aproveita para roubar. (O meu pai foi roubado assim no metro de Paris)
  • Lanceros – utilizam uma peça de vestir ou uma mochila no braço para taparem o ângulo de visão. Funciona da mesma forma que o mapa dos ladrões disfarçados de turistas.
  • Chinaores – utilizam uma lâmina de barbear para cortar as mochilas ou bolsas e roubar o que querem.

 

4 – Flores/Autocolantes na lapela do casaco

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(Autor: Joonie / Flickr Creative Commons)

Um esquema utilizado em vários países e que também pode ser encontrado por aqui: uma mulher aproxima-se e tenta por uma flor/autocolante na lapela do teu casaco. Se não o rejeitares nesse momento, a mulher vai pedir dinheiro em troca. Pode até nem ser muito, talvez 1€… Mas assim que abrires a carteira para tirar o dinheiro e a mulher vir notas lá dentro, tentará roubar o máximo possível e sairá a correr do local.
Nunca aceitem presentes na rua, porque NINGUÉM OFERECE NADA!

Outra variante deste golpe é feito por pessoas que se fazem passar por angariadores de sócios ou de esmolas para ONGs: um vai falar com a vítima (normalmente pessoas mais velhas e depois de terem levantado dinheiro de um ATM) e conta-lhe uma “história da Carochinha” enquanto o companheiro aproveita que a vítima está distraída para a roubar.

Variação nº2: esta acontece principalmente no bairro de Lavapiés. Não é um roubo per se, mas não deixa de ser chato. Um rapaz, normalmente de origem africana, oferece-te um elefante/tartaruga/animal da sorte feito em madeira e recita uma lenga-lenga. Diz que é oferta para dar sorte, mas se o aceitares vai-te pedir uma esmola!

5- Taxistas

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Táxis oficiais da cidade de Madrid (Autor: Andrew Fogg / Flickr Creative Commons)

Este tipo de roubos não acontece apenas em Madrid, como é óbvio, e é preciso estar atento! Como não são “assaltos” nem roubos violentos, muitas vezes nem damos conta… Até que já é tarde demais!

As variações dos ‘timos’ dos taxistas são infinitas, mas há algumas que se destacam:

– Escolher o caminho mais longo

Este “truque” é básico, previsível e acontece mais vezes do que aquelas que gostaríamos…

Cenário 1: Estamos numa cidade desconhecida, apanhamos um táxi e pedimos para ir para o hotel. O taxista sorridente, cheio de amabilidades e ‘salamaleques’, lá nos leva… MAS (e há sempre um mas…) demoramos 20 minutos a chegar a um lugar que está a “meia dúzia de metros” de distância… “Será que a cidade é assim TÃO grande?” pensamos… Não meus amigos… Acabamos de ser roubados pelo taxista que, aproveitando a nossa ignorância, deu voltas infinitas pela cidade.

Cenário 2: Paramos um táxi, entramos e pedimos para ir para o lugar X. O taxista pergunta: “Prefere ir pela Rua XYW ou pela Avenida ABC?”. Como não conhecemos nada da cidade dizemos “Por onde for mais perto.”. Parabéns a nós! Acabamos de ser apanhados (outra vez!) pelo taxista. Com esta resposta ele percebe que não conhecemos a cidade e, se não for uma pessoa correcta, irá aproveitar-se da situação! Preparem-se para gastar mais uns €€€ do que o esperado inicialmente.

– Troca de notas

Entramos no táxi, o taxista leva-nos onde pedimos e é hora de pagar. Suponhamos que são 20€. Tiramos uma nota de 50€ da carteira, um pouco despistados e com pressa, e entregámo-la ao taxista. O taxista olha para nós e para a nota e diz-nos que 5€ não são suficientes para pagar o táxi… 5€? Como 5€ se nós demos 50€! Argumentamos e contra-argumentamos e o taxista vai dizendo que de certeza nos enganamos e pensamos que eram 50€, mas eram apenas 5€… Para não nos chatearmos mais entregamos uma outra nota porque neste momento o que queremos é pagar e sair o mais rápido possível…

O que aconteceu? Este truque é utilizado especialmente em países cujas notas são muito parecidas, ou com moeda não tão comum como o Euro ou os Dólares… O taxista tem uma nota de pouco valor escondida debaixo de uma das pernas. Quando lhe entregamos a nossa nota, e se ele repara que estamos um pouco desatentos ou despistados, aproveita o momento para trocar as notas e apresentar-nos a nota de baixo valor, dizendo que não é suficiente para o pagamento.

– Extras nas tarifas fixas

Outra das coisas que acontece frequentemente são os taxista que cobram “extras” às tarifas fixas. Ainda há cerca de 1 semana ouvi falar de um caso aqui em Madrid de uma turista que apanhou um táxi no aeroporto e, para além da tarifa fixa de 30€ até ao centro da cidade, cobraram-lhe um suposto extra por trazer bagagem.

Atenção: Existem efectivamente alguns extras que podem ser cobrados, como quando apanhamos um táxi numa estação de comboios ou praça de táxis… Estes extras são regulamentados.

Então e vocês? Já passaram por alguma destas situações? Comentem e contem as vossas histórias!!

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Portuguesa, nascida e criada em Braga, madrilena de adopção. Tradutora de "curso", Analista SEO de profissão, trabalhei na capital espanhola durante 9 anos. Adoro viajar, perder-me pelas cidades, conhecer novas culturas e amo o mar! Faço visitas guiadas por Madrid em português e escrevo sobre as centenas de curiosidades que esta cidade guarda!

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